Ocioso leitor, compreendo bem a tua indignação. Se a desconsideração do não cumprimento de uma promessa é sempre deplorável, o que dizer quando é perpetrada por um escrevinhador ousado, que arrogantemente se auto-qualifica de "considerativo"? Imperdoável, bem o sei.
Ainda por cima, como uma desgraça nunca vem só, também assim uma afronta. Ou um asterisco. Portanto não te espantes de ver aí em cima especados, indecentes feitos penduricalhos desengonçados, dois românticos asteriscos, no companheirismo enebriado de uma madracisse cúmplice.
Peço a vossa indulgência para esse facto. É que o amor é uma coisa bela: haverá coisa melhor do que estarmos apaixonados, gozando o prazer culpado de nada vermos no mundo senão o objecto da nossa adoração? E se a vida é o espelho da arte, bem posso dizer que a minha vida foi, ao menos neste fim de semana, o espelho sem mácula desses dois asteriscos fraternos e lamechas. Porque o amor é lamechas.
Fui, no intervalo destes dois dias, um pouco menos escrevinhador e um pouco mais feliz. E isso justifica tudo, até uma descortesia.
Mas não se enciumem, nem desesperem: deixem-se ficar aí pendurados, espectantes, pendentes. Tenho por vós a maior das estimas e, confesso, por aquilo que escrevo o mais caloroso dos afectos. Juntemos então essa estima e esse afecto e continuemos criando juntos este blogue bem ameno e agradável, esta nossa pequena isbá, onde espero que nos possamos sentir sempre confortáveis e em casa.
E já agora, enquanto folgam as costas cá deste simpático pau, acorram depressa ao youtube para ouvir as não tão simpáticas escutas do Pinto da Costa, antes que alguém acabe com a festa.
Aqui nos despedimos por ontem e por hoje. Saudações e até à vista.
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